segunda-feira, 16 de junho de 2008

AVA INFERI


Como ouvinte de rock/metal, há algum tempo folheava uma revista da especialidade e li que Portugal lançava mais uma banda de sons sinistros e pesados. Não criei muitas expectativas em torno de mais uma banda, que a partida morreria na praia, como umas tantas outras.

Este ano vejo no concerto dos Moonspell no Rock in Rio 2008, que estes se faziam acompanhar por três “bruxinhas” que encantaram o público e reforçaram a excelente prestação da banda Lusa ao vivo. Constatei imediatamente que se tratavam da Sophia dos Cinemuerte e Cármen Simões dos Ava Inferi, a terceira ainda tenho que descobrir de quem se trata.

Quem são os Ava Inferi? Vale a pena relembrar que são uma banda portuguesa de doom/goth metal, que encantam o espectro negro musical onde se inserem. Chegam mesmo a lembrar os Within Temptation nos primórdios do lançamento de Enter, em que cultivam um som bastante doom, onde o hard rock e a melodia se confundem numa harmonia majestosa.
Ora os Ava Inferi são isso mesmo, a mistura harmoniosa de sons melancólicos com o hard rock, envolto de uma aura de sombra e mistério onde canalizam as frustrações e miséria da vida.
O que me faz interessar ainda mais por esta banda é a riqueza que os Ava Inferi configuram nas suas musicas onde não negam as raízes portuguesas e se sente uma melancolia bem portuguesa misturando os sons mais obscuros da Noruega, juntando duas culturas que se tocam pelo mar.

Vale a pena ter atenção que a voz de Cármen Simões é melodiosa como de um Cisne e transporta-nos para um intimismo carregado de honestidade na música que faz.
Portugal pratica boa música e agradecemos a criativos destes que levam as nossas raízes por esse Mundo a fora.

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